sexta-feira, 9 de março de 2012

Gestaltismo de Kohlen


          O gestaltismo deu um importante contributo na construção da Psicologia como ciência.
No inicio do século XX contrariando as temáticas da psicologia do século XIX, o gestaltismo de Kohlen opõe-se a qualquer tentativa de estudar quer o comportamento quer os processos mentais dividindo-os em elementos ou unidades.
As unidades serão as sensações que quando associados originam a percepção.  Contra os principios de Wundt, Kohlen defende que o todo é diferente da soma das partes.
E porque diz Kohlen isto? Porque, de facto, os elementos que constituem uma figura são agrupados espontaneamente. E esta organização, segundo o gestaltismo é inata.
Existem princípios que determinam e organizam a nossa percepção, ou seja, o modo como estruturamos a realidade.
Assim o gestaltismo procura entender o homem como uma totalidade.


Quantos de nós não olhamos já para uma distribuição de pontos pintados num papel e vimos uma figura? Ou olhamos para uma pintura e conseguimos ver duas imagens distintas? Pois bem, estas organizações mentais da nossa percepção eram estudadas pelos gestaltistas e defendias por 4 leis:
  • Segregação / Figura – fundo  ⇒ tendência de organização das percepções do objecto e do fundo no qual se insere.
  • Proximidade – os elementos visualizados são agrupados de acordo com a distância que se encontram uns dos outros.
  • Semelhança  - Os elementos semelhantes, tendem a ser vistos juntos formando um todo.
  • Continuidade – Tendência para agrupar elementos de forma a parecerem contínuos ou numa forma fluída.
  • Área – tendência para visualizar duas figuras sobrepostas sendo que a de menor área  fica por cima e a de maior área fica como fundo.
  • Preenchimento – tendência para completar figuras incompletas.
  • Simetria – Interpretação de elementos de uma forma estruturada e com simetria.
  • Destino comum – entender elementos que têm o mesmo movimento como sendo do mesmo grupo.


Conclusão:

Kohlen defende que tudo depende de estruturas inatas, mas já pensamos bem na experiência baseada na aprendizagem? Somos capazes de aprender a falar sozinhos?
Fica aqui uma questão que possamos desenvolver…


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