Segundo Bee (1996) a discussão Hereditariedade VS Meio é uma
das questões teóricas mais antigas tanto na filosofia, como na psicologia. Quando
formulada por um psicólogo, a questão é o desenvolvimento de um indivíduo é
determinado por padrões inatos no nascimento ou é moldado por experiências
posteriores a ele? Assim sendo, vamos tentar dar respostas, focando dois temas,
a obesidade e a inteligência, dentro deste grande tema que é a Hereditariedade Vs.
Meio.
O papel da
hereditariedade e do meio na determinação de características físicas e
psicológicas é uma questão que tem gerado muitos debates e polémicas.
Efetivamente, a hereditariedade é a
transmissão de património genético de uma geração para a outra através do
processo de reprodução. Esta informação é responsável pelas
características físicas do individuo como a sua cor de pele, olho, altura,
peso e é fundamental na constituição dos sistemas nervoso e endócrino. Todas
estas características recebidas vão ser influenciados pelo meio em que se
vive, por tudo aquilo que nos rodeia, que pode ser a família, grupos e
cultura a que se pertence bem como as experiências por que passamos. Então pode-se afirmar que a hereditariedade
e o meio interagem, determinando o desenvolvimento orgânico, psicomotor, a
linguagem, a inteligência, a afetividade, etc. Um dos exemplos que demonstram
esta interação é a inteligência que se medem por testes de inteligência. O grau
de inteligência é influenciado pelo meio pois por exemplo um ambiente
economicamente menos favorável é geralmente menos estimulante, o que poderá
levar a que a criança tenha um Q.I mais baixo, mas por outro lado poderá ser um
estímulo para que este atinga um nível cognitivo mais alto que lhe possibilite
a subida de classe económica e social. Contudo, a hereditariedade tem também
uma grande importância no grau de inteligência já que estudos demonstram que no
caso por exemplo de gémeos verdadeiros separados á nascença e criados em meios socioeconómicos
diferentes, têm um Q.I. semelhante.
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